Estamos vivendo um momento que nos traz à memória a década de 50, quando o aparelho de televisão aportava na sala de estar dos brasileiros como o mais novo recurso tecnológico a revolucionar o mundo da comunicação. Ali, o rádio, algo tão usual desde o fim do século XIX, perderia seu importante espaço social e viraria mera peça decorativa de museu… Será? Pelo menos na visão de muitos analistas da época, sim. Mas não foi o que aconteceu. Ao contrário, o rádio somou-se à TV, fortalecido como meio de comunicação de massa e nunca desapareceu.

Nos dias atuais, o questionamento é sobre as redes sociais. Será que irão substituir os veículos de comunicação oficiais? Sem dúvida alguma não se pode negar duas situações reais: as redes trouxeram uma capacidade inimaginável de velocidade da notícia, e ainda, destruíram o monopólio da informação.

Mas, estes dois importantes fatores não se traduzem na substituição do jornalismo. Afinal, esse jeito novo de se comunicar, um hábito que começou pra valer há cerca de 10 anos, tornou-se um complemento do mundo da notícia. As mídias sociais oferecem matéria-prima para o jornalista apurar os fatos e, além disso, facilitam a busca de pautas. O grande desafio dos profissionais da área é checar a informação para a descrição correta dos acontecimentos.

O filósofo e escritor Humberto Eco já dizia que o problema da internet é produzir ruído demais, pois há muita gente a falar ao mesmo tempo. Assim, as “Fake News” acabam estimulando o leitor a buscar fontes confiáveis. Só para se ter ideia da dimensão dessa checagem da verdade por parte dos internautas, dos quase 400 milhões de seguidores do Twitter, mais da metade acompanha canais oficiais de notícias. Essa é, então, mais uma prova de que o jornalismo sério e livre desempenha um papel de grande valia para qualquer democracia, nunca poderá desaparecer.

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Sobre o autor: Alê

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