Campanha promove proteção e apoio a oferta de leite materno para recém-nascidos, devido ao padrão ouro que alimento fornece para saúde infantil.
De acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde, o aleitamento materno é recomendado de forma exclusiva nos primeiros seis meses após o nascimento de um bebê, sendo também incentivada por dois anos ou mais. E para enfatizar a importância dessa prática, a campanha Agosto Dourado foi instituída pela lei federal nº 13.435/17 para incentivar ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento. O nome é uma alusão ao “padrão ouro” que o alimento oferece para a saúde dos recém nascidos.
A nutricionista e docente da Estácio, Mariana Dantas, explica que o leite materno é o alimento ideal para o bebê por sua composição exclusiva, além da proporção dos nutrientes e da quantidade em que é fornecido.
“O leite materno possui proteínas, carboidratos e lipídeos em quantidades adequadas ao crescimento da criança, além de vitaminas, minerais e outros compostos de proteção, que enriquecem o sistema imunológico do neném. Inclusive, se o bebê está doente, o leite modifica sua composição, aumentando ainda mais os fatores protetores, de acordo com a necessidade dessa criança”, informa a profissional.
A nutricionista acrescenta que a amamentação também traz benefícios para a mãe. “As vantagens da amamentação estendem-se também para a mulher, que tem redução no risco de câncer de mama e ovários, redução do sangramento no pós-parto, além de propiciar um retorno do seu organismo às condições pré-gravídicas mais rapidamente”, pontua Mariana.
Para um processo mais eficaz, a profissional também alerta sobre a importância do acompanhamento nutricional da mãe durante a gestação e no pós-parto.
“A lactação, que é a produção do leite, se inicia ainda durante a gravidez e continua após o nascimento do bebê. Assim, a mãe precisa seguir o pré-natal corretamente e continuar seu acompanhamento no pós-parto. Afinal, é no pós-parto que uma mulher tem a maior necessidade de energia e de nutrientes da sua vida, pois existe a demanda para produção do leite, além da composição do próprio leite. Desse modo, a alimentação precisa receber atenção ainda maior”, avalia.
Orientações gerais
Como recomendações gerais, a nutricionista orienta que as mães devem seguir uma dieta com quantidades adequadas de carboidratos, proteínas e lipídeos, além da atenção às vitaminas e aos minerais, sem esquecer do consumo de água, que deve ser de cerca de quatro litros por dia.
Deve-se também encorajar o consumo de peixes fontes de Ômega 3, como o atum e a sardinha; evitar dietas restritivas em calorias; comer frutas e verduras variadas; consumir leite e derivados, observando se há alguma intolerância; evitar o consumo de alimentos ultraprocessados, ou seja, congelados ou prontos para consumo; e evitar cafeína e, claro, o álcool.
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