O processo de flexibilização e reabertura da economia vivenciados após o período mais crítico da pandemia da Covid-19, gera ainda insegurança e medo, o que pode ocasionar quadros de ansiedade, depressão e estresse. Da mesma forma que o contexto do isolamento obrigou a uma adaptação brusca, o retorno gradual, agora, também traz insegurança e medo, o que pode causar uma série de sintomas psíquicos à população.
Em 2002 e 2003, durante a pandemia de Sars (Síndrome aguda respiratória grave), a China, país mais atingido pela doença na época, registrou um aumento de 30% nos casos de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático entre os indivíduos que ficaram de quarentena, segundo o King’s College London, na Inglaterra, em publicações no periódico científico The Lancet. Os dados dão a dimensão do que pode estar por vir no pós-pandemia de Covid-19.
“Passamos um longo período em isolamento e hoje já estamos vivenciando o período de flexibilização, por mais que tenhamos ainda muitas dúvidas e incertezas sobre como esse quadro chegará a uma resolução definitiva. Por conta disso, muitas pessoas têm apresentado um quadro de medo ao sair do confinamento, mesmo com as orientações e regras acerca da proteção”, explica a psicóloga Karen Fantine, coordenadora do curso de Psicologia da Estácio Natal.
Segundo a psicóloga, neste momento de retomada é preciso considerar sobre o “medo” e em que situações ele é considerado saudável, como orientação apropriada à sobrevivência, e em que momento é preciso pensar em estratégias positivas de reinserção ao chamado “novo normal”, obedecendo às regras e protocolos de segurança.
Contudo, Karen Fantine orienta que, no caso de aparecimento de sintomas associados ao medo extremo de sair de casa, como taquicardia, sudorese, queimação, ansiedade por querer fazer algo e não conseguir, deve-se procurar um profissional da Psicologia para análise e atendimento – que atualmente está ocorrendo de forma online.
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