Este 30 de outubro, Dia do Ginecologista, é um momento oportuno para destacar a importância desse profissional que desempenha um papel fundamental ao longo de todas as fases da vida feminina. No entanto, a data também acende um alerta – de acordo com a pesquisa “Expectativa da mulher brasileira sobre sua vida sexual e reprodutiva: as relações dos ginecologistas e obstetras com suas pacientes”, encomendada pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), cerca de 20% das mulheres no Brasil não frequentam consultas ginecológicas regularmente.
A orientação é reforçada por Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn). Ele destaca que a falta de acompanhamento ginecológico regular pode trazer graves consequências, especialmente durante a menopausa, cuja data ocorreu no último dia 18 de outubro. “Muitas mulheres permanecem sem assistência durante a fase reprodutiva, o que pode retardar o rastreio e diagnóstico de patologias e infecções ginecológicas. Na menopausa, o cuidado adequado se torna vital para que o médico possa identificar precocemente os sintomas e oferecer tratamentos personalizados, seja com terapias hormonais ou alternativas”, afirma o especialista.
A importância do acompanhamento especializado na menopausa
A fase da menopausa começa, normalmente, entre os 45 e 55 anos, quando os ovários deixam de produzir os hormônios estrogênio e progesterona. Essa transição pode trazer sintomas como ondas de calor, insônia, alterações de humor e secura vaginal. Além disso, a queda hormonal aumenta o risco de condições mais graves, como doenças cardiovasculares, osteoporose e até mesmo câncer ginecológico. “Nessa etapa da vida, o papel do especialista vai além de tratar os sintomas, ele é fundamental para orientar e prevenir complicações mais graves, auxiliando a mulher a encarar essa etapa de maneira mais tranquila e saudável”, destaca Robinson Dias.
Embora o acompanhamento ginecológico regular ofereça inúmeros benefícios, como a detecção precoce de doenças e o suporte durante todas as fases da vida da mulher, ainda há muitos desafios na conscientização sobre sua importância. A desinformação e as barreiras no acesso aos serviços de saúde são alguns dos fatores que contribuem para esse cenário.
No entanto, a saúde feminina é um direito de todas, e o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe desse cuidado essencial. Para marcar uma consulta é necessário ir à Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima com RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência. Se você ainda não tiver o Cartão SUS, ele pode ser emitido no próprio local. Após atualizar seus dados, o agendamento será realizado, e o atendimento poderá ocorrer na UBS ou em uma unidade especializada, a depender da disponibilidade. O SUS oferece esse serviço de forma gratuita, garantindo que todas as mulheres tenham acesso ao cuidado especializado que merecem.
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