Em meio à polêmica das queimadas pelo Brasil e à discussão sobre a importância das florestas, estudantes do 2º ano da Casa Escola resolveram dar sua contribuição à natureza neste Dia da Árvore, celebrado em 21 de setembro. Elas plantaram em suas casas, e na de parentes, mudas de coqueiros – considerado uma das “árvores-da-vida”. Além disto, em passeios com a família, as crianças visitaram locais com diferentes tipos de vegetação e compartilharam suas experiências com os colegas.
Os alunos fizeram aulas passeio adaptadas às regras de distanciamento social e compartilharam seus registros sobre as mais diferentes vegetações. O Hare Solé, 7 anos, encontrou um baobá em Pium e visitou o mangue também. Já o Miguel Azevedo, 7 anos, conheceu um algodoeiro e levou uma muda para plantar em casa. A Isabela Cristine, 8 anos, conversou com o síndico do condomínio em que mora e recebeu autorização para plantar a sua muda de coqueiro.
As ações fazem parte de um projeto de pesquisa da turma alinhado ao tema anual da escola, “Florestas”. Dentro deste tema, entre curiosidades, diálogos e pesquisas, as crianças resolveram estudar sobre quem são “os protetores das florestas” – o que se transformou no tema do projeto da turma.
Segundo a professora, Cláudia Sena, a curiosidade das crianças sobre a proteção das árvores iniciou enquanto se dedicavam à leitura do livro Obax, de André Neves. “Ao perceberem a dedicação e amizade da menina com o Baobá, as crianças perguntaram sobre quem são os protetores das outras árvores e florestas?”, relata. A turma entrou no mundo da investigação para encontrar a resposta.
Nas lendas folclóricas, descobriram que personagens como o Saci e o Curupira estão entre os principais defensores da flora e fauna brasileira. Em filmes que assistiram com a família, como The Lorax e o documentário Amazônia, conheceram exemplos de ações de proteção à vegetação. A leitura dos livros ‘A árvore generosa’, ‘A última árvore do mundo’, ‘A história de Chiquinho (Chico Mendes)’ também fez parte da pesquisa do projeto.
“Também fizemos uma entrevista durante a aula remota. Entrevistamos a avó de um dos alunos, o Miguel Azevedo, que trabalhou no Ibama. Foi bem legal, as crianças fizeram bastante perguntas sobre os diferentes tipos de florestas, os animais que habitam…”, relata a professora.
Com a conclusão de que ‘todos somos protetores das florestas’, as crianças combinaram então de incluir visitas a locais com árvores, florestas, bosques que estivessem abertos – agora que está sendo possível uma maior flexibilização do isolamento social.
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