Nos últimos anos, você deve ter ouvido falar inúmeras vezes sobre as famosas “fake news” – ou notícias falsas, na tradução do inglês. Mas você sabe a que tipo de material esse termo se refere? E quais consequências negativas a sua divulgação pode trazer para a sociedade em que vivemos?
Neste texto, vamos te explicar como as fake news podem prejudicar as empresas e de que forma devemos combater essa prática ou agir diante de um ataque.
O que são fake news?
Em uma tradução direta, “fake news” significa “notícia falsa”, ou seja: algo que é noticiado, ou divulgado, mas não é verdadeiro. Entretanto, a fake news não deve ser confundida com um erro de apuração jornalística.
Sua fabricação e distribuição são propositais para distorcer a realidade com objetivo de beneficiar um determinado grupo político, econômico ou social.
Enquanto um erro jornalístico pode ter alcance limitado e poucos efeitos, porque é corrigido a curto prazo, a fake news é disparada de forma intencional para viralizar uma mentira.
E conta com incentivo financeiro de grupos alinhados com o seu ideal, sendo também pensadas para atender ao algoritmo e novas tecnologias das redes sociais, onde são mais frequentes.
Além disso, não são necessariamente conteúdos com mentiras do início ao fim. Podem ser inverdades parciais, com títulos tendenciosos, ou histórias que unem meias verdades com partes fictícias.
Tudo planejado para que seja um boato perfeito a ser espalhado, disseminando ódio e propagando mentiras.
Alguns exemplos de fake news publicadas recentemente foram as desinformações de que a vacinação contra a Covid-19 faria mal à população e que o uso da hidroxicloroquina seria eficaz no tratamento da doença.
Antes disso, vimos notícias falsas serem desmentidas ao longo de toda a eleição presidencial de 2022 no Brasil. Mas como identificar essas inverdades?
Como identificar fake news
Com o crescimento da produção de conteúdo na internet, a fonte de informação da população não está mais limitada ao telejornal, aos programas de rádio ou ao jornal impresso dos grandes veículos de informação.
Atualmente, toda e qualquer pessoa pode fazer uso do seu smartphone para publicar um artigo, foto ou vídeo em sites, blogs e redes sociais – sejam eles com conteúdos verdadeiros ou não.
Por isso, um compartilhamento que poderia ser positivo, porque a sociedade teria acesso também à produção de jornalistas independentes, tornou-se algo com potencial viés negativo. Já que é nas redes sociais que as fake news encontraram terreno fértil para sua divulgação.
Confira alguns cuidados recomendados:
Cheque a fonte
Neste cenário, cabe ao leitor sempre checar a confiabilidade da fonte onde consome suas informações. Se aquela notícia que você está lendo não vem de um veículo que trabalha com a checagem de fatos junto às autoridades e instituições, de onde vieram aquelas informações que estão sendo divulgadas? Quem escreveu o material onde você está depositando confiança?
Atente ao contexto da informação
Também é imprescindível sempre estar atento ao contexto da informação. Informações antigas podem ser divulgadas como atuais e declarações, tiradas do quadro onde foram ditas. Números e dados específicos também podem ser deslocados para que as notícias falsas pareçam verdadeiras.
Notícias boas demais
Desconfie sempre de notícias boas demais. Muitas fake news são montadas para reforçar preconceitos e preferências políticas, então é importante desconfiar da veracidade daquela informação.
Para isso, o leitor pode contar com a ajuda de agências de notícias especializadas com a checagem de fatos para combater a desinformação e a distribuição de fake news.
Algumas delas são a Agência Lupa, que checa informações que circulam nas redes sociais, e o portal Desinformante, que pesquisa as fake news e trabalha para combater esse tipo de material.
Como a fake news pode prejudicar as empresas e a sociedade
As fake news são prejudiciais para todas as esferas da sociedade porque são ferramentas que induzem ao erro e desinformam a população, que pode tomar decisões erradas diante do material enganoso a que teve acesso.
Fake news são tão poderosas que podem até alterar o resultado de uma eleição, conforme aconteceu na disputa presidencial dos EUA em 2016, e afetar as políticas de saúde pública.
E as empresas não fogem a este risco: no Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, 50% das empresas já foram alvos de notícias falsas.
Nesses casos, as principais formas como a fake news pode prejudicar as companhias são com danos à reputação da marca, o que pode resultar em perdas financeiras, impacto na reputação da liderança da organização e à qualidade dos produtos e serviços.
Imagine um cenário em que seja publicada uma fake news divulgando que o uso de detergente cause reações na pele. Isso pode prejudicar não só a marca citada diretamente, como diversas outras desse nicho.
De acordo com os dados da pesquisa citada acima, a ação pode causar um impacto financeiro maior porque o setor é o alvo, com 58% dos entrevistados tendo percebido efeito pequeno, médio ou grande.
Como proteger a empresa das notícias falsas
Como vimos no resultado da pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, as fake news podem prejudicar as marcas com danos à imagem da organização, o que impacta negativamente nos lucros da empresa.
Para que a sua marca esteja protegida de um ataque de notícias falsas, é essencial que uma assessoria de imprensa faça o monitoramento de notícias na mídia sobre a marca e conteúdos virais relacionados ao setor, como forma de antecipar a crise.
Uma empresa que faz isso forma criativa é a Coca-Cola, que conta com a aba #ÉBOATO em seu site para desmistificar histórias acerca de seus produtos e combater a desinformação que pode surgir com a fake news. Ela esclarece dúvidas como se tomar Coca-Cola com rodelas de limão faria mal à saúde e por que há uma explosão quando se mistura o refrigerante com Mentos.
Dessa forma, a Coca-Cola antecipa a resposta caso alguma dessas dúvidas – analisadas como possíveis inícios de desinformação ou material para elaboração de fake news – volte a ser assunto.
Como agir diante de uma fake news que atinja o negócio?
Caso você não consiga prever a crise de imagem que pode surgir com uma fake news, a agilidade na divulgação de informações e disponibilização de um porta-voz para esclarecer o caso é essencial. Para isso você precisará dos serviços de uma assessoria de imprensa.
Cada caso é um caso, e é a assessoria de imprensa que elabora a melhor estratégia para sua marca transmitir transparência e confiança nesse momento de crise.
Em muitas situações é necessária a divulgação de uma nota de esclarecimento ou o treinamento por meio de um media training do porta-voz para uma coletiva de imprensa, serviços que a assessoria de imprensa pode prestar para sua organização.
De toda forma, o comprometimento da empresa com a educação midiática é uma medida que pode ser cultivada diante da crise, mas é melhor que se antecipe a ela.
Assim, é possível incentivar a população a consumir suas informações de veículos de comunicação confiáveis e comprometidos com a checagem de fatos, para evitar que as fake news causem danos maiores.
Sobre o autor: Érika Oliveira
Nos últimos anos, você deve ter ouvido falar inúmeras vezes sobre as famosas “fake news” – ou notícias falsas, na tradução do inglês. Mas você sabe a que tipo de material esse termo se refere? E quais consequências negativas a sua divulgação pode trazer para a sociedade em que vivemos?
Neste texto, vamos te explicar como as fake news podem prejudicar as empresas e de que forma devemos combater essa prática ou agir diante de um ataque.
O que são fake news?
Em uma tradução direta, “fake news” significa “notícia falsa”, ou seja: algo que é noticiado, ou divulgado, mas não é verdadeiro. Entretanto, a fake news não deve ser confundida com um erro de apuração jornalística.
Sua fabricação e distribuição são propositais para distorcer a realidade com objetivo de beneficiar um determinado grupo político, econômico ou social.
Enquanto um erro jornalístico pode ter alcance limitado e poucos efeitos, porque é corrigido a curto prazo, a fake news é disparada de forma intencional para viralizar uma mentira.
E conta com incentivo financeiro de grupos alinhados com o seu ideal, sendo também pensadas para atender ao algoritmo e novas tecnologias das redes sociais, onde são mais frequentes.
Além disso, não são necessariamente conteúdos com mentiras do início ao fim. Podem ser inverdades parciais, com títulos tendenciosos, ou histórias que unem meias verdades com partes fictícias.
Tudo planejado para que seja um boato perfeito a ser espalhado, disseminando ódio e propagando mentiras.
Alguns exemplos de fake news publicadas recentemente foram as desinformações de que a vacinação contra a Covid-19 faria mal à população e que o uso da hidroxicloroquina seria eficaz no tratamento da doença.
Antes disso, vimos notícias falsas serem desmentidas ao longo de toda a eleição presidencial de 2022 no Brasil. Mas como identificar essas inverdades?
Como identificar fake news
Com o crescimento da produção de conteúdo na internet, a fonte de informação da população não está mais limitada ao telejornal, aos programas de rádio ou ao jornal impresso dos grandes veículos de informação.
Atualmente, toda e qualquer pessoa pode fazer uso do seu smartphone para publicar um artigo, foto ou vídeo em sites, blogs e redes sociais – sejam eles com conteúdos verdadeiros ou não.
Por isso, um compartilhamento que poderia ser positivo, porque a sociedade teria acesso também à produção de jornalistas independentes, tornou-se algo com potencial viés negativo. Já que é nas redes sociais que as fake news encontraram terreno fértil para sua divulgação.
Confira alguns cuidados recomendados:
Cheque a fonte
Neste cenário, cabe ao leitor sempre checar a confiabilidade da fonte onde consome suas informações. Se aquela notícia que você está lendo não vem de um veículo que trabalha com a checagem de fatos junto às autoridades e instituições, de onde vieram aquelas informações que estão sendo divulgadas? Quem escreveu o material onde você está depositando confiança?
Atente ao contexto da informação
Também é imprescindível sempre estar atento ao contexto da informação. Informações antigas podem ser divulgadas como atuais e declarações, tiradas do quadro onde foram ditas. Números e dados específicos também podem ser deslocados para que as notícias falsas pareçam verdadeiras.
Notícias boas demais
Desconfie sempre de notícias boas demais. Muitas fake news são montadas para reforçar preconceitos e preferências políticas, então é importante desconfiar da veracidade daquela informação.
Para isso, o leitor pode contar com a ajuda de agências de notícias especializadas com a checagem de fatos para combater a desinformação e a distribuição de fake news.
Algumas delas são a Agência Lupa, que checa informações que circulam nas redes sociais, e o portal Desinformante, que pesquisa as fake news e trabalha para combater esse tipo de material.
Como a fake news pode prejudicar as empresas e a sociedade
As fake news são prejudiciais para todas as esferas da sociedade porque são ferramentas que induzem ao erro e desinformam a população, que pode tomar decisões erradas diante do material enganoso a que teve acesso.
Fake news são tão poderosas que podem até alterar o resultado de uma eleição, conforme aconteceu na disputa presidencial dos EUA em 2016, e afetar as políticas de saúde pública.
E as empresas não fogem a este risco: no Brasil, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, 50% das empresas já foram alvos de notícias falsas.
Nesses casos, as principais formas como a fake news pode prejudicar as companhias são com danos à reputação da marca, o que pode resultar em perdas financeiras, impacto na reputação da liderança da organização e à qualidade dos produtos e serviços.
Imagine um cenário em que seja publicada uma fake news divulgando que o uso de detergente cause reações na pele. Isso pode prejudicar não só a marca citada diretamente, como diversas outras desse nicho.
De acordo com os dados da pesquisa citada acima, a ação pode causar um impacto financeiro maior porque o setor é o alvo, com 58% dos entrevistados tendo percebido efeito pequeno, médio ou grande.
Como proteger a empresa das notícias falsas
Como vimos no resultado da pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, as fake news podem prejudicar as marcas com danos à imagem da organização, o que impacta negativamente nos lucros da empresa.
Para que a sua marca esteja protegida de um ataque de notícias falsas, é essencial que uma assessoria de imprensa faça o monitoramento de notícias na mídia sobre a marca e conteúdos virais relacionados ao setor, como forma de antecipar a crise.
Uma empresa que faz isso forma criativa é a Coca-Cola, que conta com a aba #ÉBOATO em seu site para desmistificar histórias acerca de seus produtos e combater a desinformação que pode surgir com a fake news. Ela esclarece dúvidas como se tomar Coca-Cola com rodelas de limão faria mal à saúde e por que há uma explosão quando se mistura o refrigerante com Mentos.
Dessa forma, a Coca-Cola antecipa a resposta caso alguma dessas dúvidas – analisadas como possíveis inícios de desinformação ou material para elaboração de fake news – volte a ser assunto.
Como agir diante de uma fake news que atinja o negócio?
Caso você não consiga prever a crise de imagem que pode surgir com uma fake news, a agilidade na divulgação de informações e disponibilização de um porta-voz para esclarecer o caso é essencial. Para isso você precisará dos serviços de uma assessoria de imprensa.
Cada caso é um caso, e é a assessoria de imprensa que elabora a melhor estratégia para sua marca transmitir transparência e confiança nesse momento de crise.
Em muitas situações é necessária a divulgação de uma nota de esclarecimento ou o treinamento por meio de um media training do porta-voz para uma coletiva de imprensa, serviços que a assessoria de imprensa pode prestar para sua organização.
De toda forma, o comprometimento da empresa com a educação midiática é uma medida que pode ser cultivada diante da crise, mas é melhor que se antecipe a ela.
Assim, é possível incentivar a população a consumir suas informações de veículos de comunicação confiáveis e comprometidos com a checagem de fatos, para evitar que as fake news causem danos maiores.
Sobre o autor: Érika Oliveira
